O eucalipto – problema ou solução.

Carta aberta às autoridades governamentais, aos órgãos ambientais,
às empresas interessadas na exploração, aos técnicos agrícolas, universidades etc.

Tenho uma propriedade rural em Santa Bárbara no estado de Minas Gerais,  ela foi adquirida no ano de 1992 e fica bem próximo da cidade, mais ou menos quatro quilômetros.01
Na minha opinião, de vários agricultores e de grande  parte da população, o eucalipto que foi e ainda é plantado em larga escala em nossa região, causou e continua causando um desequilíbrio ambiental de enormes proporções, ou seja, a alguns anos não temos frutas sadias em nossa região, os insetos como as moscas e outros que outrora viviam nos locais de mata nativa que deram lugar
ao eucalipto, migraram para nossos pomares à procura de alimentos ( segundo os entendidos, no eucaliptal não vive espécie nenhuma de animal). Nascentes que eram abundantes diminuíram bastante e
até estão secando na estiagem, as aves que viviam no ambiente anterior como: jacupemba, maritacas e outras estão invadindo as cidades, hortas, pomares para se alimentarem, sem contar os animais peçonhentos. Não me surpreenderia se a proliferação do mosquito da dengue “aedes aegypti” está ligado ao aumento das áreas plantadas com eucalipto, pois, o habitat natural deles, são as florestas nativas.02
Em Antônio Dias também em Minas gerais, minha terra natal o eucalipto também é cultivado em larga escala e pude observar o mesmo problema.

Vídeo de jacupembas saboreando jabuticabas na casa dos meus pais em Antônio Dias, zona urbana.

_________________________________________________________________________
Segundo a consultora de meio ambiente do Idec, Lisa Gunn, utilizar madeira de área reflorestada é sempre melhor do que derrubar matas nativas, mas isso não quer dizer que o meio ambiente está protegido. “Quando o reflorestamento é feito nos moldes de uma monocultura em grande extensão de terras, não é sustentável porque causa impactos sociais e ambientais, como pouca oferta de empregos e perda de biodiversidade”. Sob o argumento de reflorestamento, criam-se verdadeiros desertos verdes de produção de madeira para fábricas de celulose. O eucalipto é a principal espécie dessa estratégia e danifica o solo de forma irreparável: uma vez plantado, não é possível retomar a fertilidade da terra e seus minerais. Além disso, as raízes do eucalipto penetram nos
lençóis freáticos, prejudicando o abastecimento de água das regiões. Cada pé de eucalipto é capaz de consumir 30 litros de água por dia.
De acordo com algumas pesquisas científicas, a monocultura do eucalipto, por exemplo, consome tanta água que pode afetar significativamente os recursos hídricos. Segundo Daniela Meirelles Dias de Carvalho, geógrafa e técnica da Fase, organização não-governamental que atua na área sócio-ambiental, só no norte do Espírito Santo já secaram mais de 130 córregos depois que o eucalipto foi introduzido no estado.
Fonte: http://www.ecolnews.com.br/desertoverde/
___________________________________________________________________________
Observem este pé de laranja que foi fotografado por mim no final mês de março de 2015, antes do amadurecimento das frutas elas ficam amareladas devido ao ataque de insetos e caem, isso está acontecendo com quase todas as frutas da minha propriedade. laranjal

Assista ao vídeo abaixo até o final para ver explicações muito bem detalhadas sobre os prós e os contras.
Vídeo apresentado na disciplina “As plantas e a sociedade”, do curso de Ciências Biológicas da Universidade de São Paulo.

Conclamo as autoridades, os orgãos ambientais, as empresas como Cenibra, Gerdau e outras que tem interesse  econômico na exploração desta espécie exótica, para discutir o problema afim de resolver esta situação o mais rápido possível, antes que seja tarde demais.

José Célio dos Santos

Santa Bárbara , Mg – 13 de abril de 2015.

Deixe seu comentário

11 comentários em “O eucalipto – problema ou solução.”

  1. Prezado Célio, segue posicionamento da empresa (também enviado para você por e-mail, com anexos)
    Com relação ao artigo publicado no seu site “Vida na roça” (Carta aberta às autoridades governamentais, aos órgãos ambientais, às empresas interessadas na exploração, aos técnicos agrícolas, universidades etc.) com questionamentos e dúvidas sobre as plantações de eucalipto e seus impactos, gostaríamos de fazer algumas considerações:
    1. Suas dúvidas são pertinentes, sabemos que elas existem em parte da sociedade, ainda que o setor de florestas plantadas se esforce em comunicar e levar a todos os fatos e a realidade relacionada ao eucalipto e as plantações dessa espécie aqui no Brasil.
    2. As questões levantadas pelo Senhor merecem um posicionamento das empresas citadas, dentre elas a CENIBRA, sendo que existem duas abordagens a serem feitas:
    a) uma de contexto geral da espécie, com os aspectos do cultivo do eucalipto e de suas relações com o meio ambiente, sistema solo-água e sociedade;
    b) outra em um contexto mais regional, sobre a presença da CENIBRA em Santa Bárbara e região.
    Com relação ao item (a – aspectos do cultivo do eucalipto) acima, poderíamos elaborar uma resposta e apresentar nosso entendimento a cada um de seus questionamentos, com dados de pesquisas e resultados de estudos conduzidos pelas Empresas, Centros de Pesquisas e Universidades, que levam à conclusão de que existem ainda muitos mitos relacionados ao eucalipto, boa parte sendo fruto de uma postura ideológica de setores da sociedade que questionam o modelo econômico de desenvolvimento do Brasil. Ou seja, a silvicultura do eucalipto é questionada sob uma aparente ótica ambiental, quando na verdade o que se está questionando é o modelo econômico, e entendemos que não ser caso de discutirmos aqui estes aspectos.
    Preferimos e achamos mais adequado encaminharmos ao Senhor um conjunto de informações técnicas e científicas elaboradas por um grupo denominado Diálogo Florestal, que é uma iniciativa inédita e independente que facilita a interação entre representantes de empresas do setor de base florestal e organizações ambientalistas e movimentos sociais com o objetivo de construir visão e agendas comuns entre esses setores.
    Participam do Diálogo Florestal ONGs sérias e independentes e empresas como a CENIBRA e outras do setor de floresta plantadas, que se reúnem regularmente, seja no âmbito nacional através das reuniões do Conselho do Diálogo Florestal, seja nos Fóruns Florestais Estaduais.
    Um dos resultados dessa iniciativa é justamente um conjunto de publicações técnicas e científicas chamadas “Cadernos do Diálogo” que buscam responder exatamente as mesmas dúvidas e questionamentos que o Senhor apresentou em sua recente publicação. O Senhor está recebendo em anexo os arquivos das seguintes publicações, que possibilitarão a formação de um juízo de valor acerca do eucalipto e o seu cultivo, em seus aspectos ambientais, econômicos e sociais:

    Volume 1 – A Silvicultura e a Água: Ciência, Dogmas e Desafios.
    Volume 2 – Frutos do Diálogo.
    Volume 3 – Mosaicos Florestais Sustentáveis: Monitoramento integrado da biodiversidade e diretrizes para restauração florestal.
    Volume 4 – Silvicultura e Biodiversidade.
    Volume 5 – Silvicultura e Comunidades: Olhares sobre o presente e o futuro.
    Link para publicações:
    http://www.dialogoflorestal.org.br/publicacoes/publicacoes-do-dialogo/

    Com relação ao item (b) – contexto regional, apresentamos a seguir algumas informações sobre a presença da CENIBRA na região e no município de Santa Bárbara.

    Quadro 1: Distribuição de ocupação das áreas da CENIBRA
    DISCRIMINAÇÃO Hectares
    (total CENIBRA) %

    Plantios de eucalipto 129.174,42 51,97%

    Áreas de vegetação nativa (reserva e preservação permanente) 103.561,67 41,66%

    Outros (estradas, aceiros, edificações, etc) 15.845,33 6,37

    TOTAL 248.580,42 100%

    Quadro 2: Perfil da presença da CENIBRA em Santa Bárbara

    Área total do município (ha): 68.471,00
    Área total da Cenibra no município (ha) 9.584,43
    % de ocupação total 14,00%
    Área total plantada (ha) 5.642,59
    % do município ocupado por plantações de eucalipto da CNB 8,24%
    Áreas destinadas à conservação (ha) 3.300,00

    Destaca-se a relevância das áreas destinadas à conservação (Quadro 2), com cerca de 3.300 ha de matas nativas, preservação permanente e outras que compõem os chamados “mosaicos” com as plantações de eucalipto, permitindo um equilíbrio ambiental que leva a Cenibra a ter um dos mais baixos índices de ocorrências de pragas e doenças dentre as empresas de florestas plantadas de eucalipto no Brasil.
    No município de Santa Bárbara foram realizados, de 2004 a 2014, trabalhos de recuperação ambiental em 476 ha (reversão de áreas com plantios e remanescentes de eucaliptos para mata nativa). O alto índice de áreas preservadas pela CENIBRA, associado à qualidade ambiental destas áreas garante a conservação de uma grande variedade de fauna. Nas áreas da Empresa na região de Santa Bárbara já foram registradas 158 espécies de aves e 32 de mamíferos de médio e grande porte.
    Esse padrão se repete nos demais 53 municípios de atuação da empresa; conforme o Quadro 1 acima, a ocupação das áreas se dá, na média da empresa, na proporção de 60% com plantações de eucalipto, estradas e aceiros e de 40% de áreas destinadas à conservação, que possibilitam a existência de mais de 4.500 nascentes, produzindo água de boa qualidade.
    Este percentual varia de município para município, sendo que em Santa Bárbara o total de áreas da CENIBRA equivale a 14% da área total do município, ressalvando-se que deste pecentual total, 8,24% são plantações bem manejadas e 5,76% são áreas de vegetação nativa (reservas e preservação permanente)

    Estas informações e várias outras sobre o manejo praticado pela CENIBRA na região podem ser obtidas no PLANO DE MANEJO DA CENIBRA ( http://www.cenibra.com.br/index.php/plano-de-manejo-florestal/

    Finalizando, sobre as considerações do Senhor sobre os problemas com suas árvores frutíferas e uma eventual relação entre estes problemas (pragas, doenças) e a presença do eucalipto na região, entendemos ser pouco provável que esta relação exista, pois é de amplo conhecimento que tais ocorrências (pragas e doenças) se dão em toda a extensão do território nacional, independente do bioma e de seu estado de conservação (Floresta Amazônica, Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica, etc.) existindo ou não indivíduos ou plantações de eucalipto nas proximidades.
    Mas entendemos que somente um profissional da área agronômica poderá dar um correto parecer técnico sobre o assunto. Sugerimos que o Senhor solicite uma avaliação de um profissional da EMATER, que é uma empresa pública de assistência técnica, e certamente o Senhor irá obter orientações adequadas para o correto manejo de seu pomar (adubação, controles de pragas e doenças, podas, renovação, dentre outras recomendações) que poderão reverter o quadro apresentado em seu pomar, conforme relatado em seu site.
    Esperamos que as informações apresentadas sejam suficientes para que as principais dúvidas apresentadas pelo Senhor sejam respondidas, e nos colocamos à disposição para novos esclarecimentos que se fizerem necessários.

    ANEXO 1. Instituições que participam do Diálogo Florestal e dos Fóruns Regionais Florestais:
    Associação Mineira de Desefa do Ambiente – Amda – MG/Nacional
    Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida – Apremavi – SC/PR/Nacional
    Associação Catarinense de Preservação da Natureza – Acaprena – SC/PR
    Associação Gato do Mato – SC/PR
    Associação dos Amigos do Parque da Fonte Grande – ES
    Associação de Certificação de Produtos Orgânicos do Espírito Santo (Chão Vivo) – ES
    Associação Capixaba do Patrimônio Natural (ACPN) – ES
    Associação dos Engenheiros Florestais do Espírito Santo (AEFES) – ES
    Associação Ecológica Força Verde – ES
    Associação Comunitária Beneficente de Nova Caraíva – ASCBENC – BA
    Associacao Cultural Cabralia Arte e Ecologia – ASCAE – BA
    Associação da Cidadania e Transparência da Terra Mãe – ACTTM – BA
    Associações de Pescadores da Reserva Extrativista Marinha – RESEX Corumbau – BA
    Associação dos nativos de Caraíva – ANAC – BA
    Associação Flora Brasil – BA
    Associação Pradense de Proteção Ambiental – APPA – BA
    AMATA – SP
    Adami S.A. – SC/PR
    Arauco do Brasil – SC/PR
    ArcelorMittal – MG
    AMS – Associação Mineira de Silvicultura – MG
    Associação Mico-leão-dourado – AMLD – RJ
    APEFERJ – RJ
    Avon – RJ
    Apa Ibirapuitã – RS
    Assecan – RS
    Associação de RPPNs do RS – Charrua – RS
    Associação dos Amigos do Meio Ambiente – Ama – RS
    Associação Rosariense de Educação Ambiental – RS
    Associação Saledeiro-Transfronteiriça – RS
    Associação Corredores do Vale do Paraíba (ACEVP) – SP
    Associação Pró-Muriqui – SP
    Ageflor – RS
    Biomaq – RJ
    Biovert – RJ
    Biodiversa Inovações Ambientais – SP
    Cenibra – MG/Nacional
    CMPC Celulose Riograndense – RS/Nacional
    Conservação Internacional – CI – MG/BA/RJ/ES/Nacional
    Cooperativa de Reflorestadores de Mata Atlântica do Extremo sul da Bahia – COOPLANTAR – BA
    Celulose Irani S.A. – SC/PR
    Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (CEDAGRO) – ES
    Centro Vianei de Educação Popular – SC/PR
    Eucatex – SP
    Elabore – RJ
    Emater /RJ -RJ
    Eucka – RJ
    Faerj – RJ
    Furnas – RJ
    Firjan – RJ
    FSC – SP/Nacional
    Fundação Jupará – BA
    Fibria – SP/ES/MS/BA/Nacional
    Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (FINDES) – ES
    Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (FAES) – ES
    Fundação Biodiversitas – MG
    Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (FEPAF) – SP
    Florestar – SP
    Federação das RPPNs do Estado de São Paulo (FREPESP) – SP
    Floresta Brasil – SP
    Fundação O Boticário de Proteção à Natureza – SC/PR
    Grupo Ambiental Natureza Bela – BA
    Grin 9 Educação Ambiental – BA
    Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental – GERMEN – BA
    Grupo Ecoverdi – SC/PR
    Grupo Consciência Ecológica – SP
    Gerdau Aços Longos – MG
    Gep Agro Câm.Br-Alemanha – RJ
    Granflor – RS
    Instituto BioAtlântica – RJ/ES/MG/BA/Nacioanl
    Indústria Brasileira de Árvores – IBÁ – SP/Nacional
    Instituto de Estudos Ambientais Mater Natura – SC/PR
    Instituto de Pesquisa em Vida Selvagem em Meio Ambiente – IPVES – SC/PR
    Instituto Cidade – BA
    Instituto Cabruca – BA
    Instituto Floresta Viva – BA
    Instituto Reciclar – BA
    Instituto Hóu – MG
    Instituto da Biodiversidade – ES
    Instituto de Pesquisas da Mata Atlântica (Ipema) – ES
    Instituto de Vivência Ambiental (INVIVA) – ES
    Instituto Terra – ES
    Instituto Ecofuturo – SP
    Instituto EcoSolidário – SP
    Instituto Itapoty – SP
    Instituto Pátria Amada – SP
    Instituto Refloresta – SP
    Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE) – SP
    Instituto Augusto Carneiro – RS
    Instituto Pró-Pampa – RS
    IDACO – RJ
    IEF/RJ – RJ
    Instituto Terra – RJ
    IASB – MS
    Instituto Forpus – MS
    IPEF/PPCF – SP
    Imaflora – Nacional
    Klabin – SC/PR/SP/Nacional
    LERF – Esalq/USP – Nacional
    Lwarcel – SP
    Loan consult – RJ
    Masisa – RS
    Melhoramentos Florestal – SP
    Metalsider – MG
    Meneguzzo Consultoria – MS
    Movimento de Defesa de Porto Seguro – MDPS – BA
    Mira-Serra – RS
    Movimento Pró Rio Todos os Santos e Mucuri – MG
    Neotrópica – MS
    Ojidos & Marinho – SP
    Plantar SA – MG
    Pabu – RJ
    PUC-Rio – RJ
    Projeto Amiga Tartaruga – PAT ECOSMAR – BA
    Quinvale Florestal – RJ
    Rebraf – RJ
    RPPN Catarinense – SC/PR
    Rigesa – SC/PR
    Reflore/MS – MS
    Repams – MS
    Rede Ambiental do Piauí – Reapi – PI
    Reserva da Biosfera da Mata Atlântica – Nacional
    Siderpa – MG
    Siderurgica Alterosa – MG
    Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental – SPVS – SC/PR
    Stora Enso – RS/Nacional
    Semadur – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano de Campo Grande (MS) – MS
    Sea-Su ambiente – RJ
    Sindicer/RJ – RJ
    Sindratar – RJ
    Sociedade Civil dos Bombeiros Voluntários de Santa Teresa – ES
    Sociedade Espíritossantense de Engenheiros Agrônomos (SEEA) – ES
    SOS Mata Atlântica – SP
    Suzano – BA/SP/ES/PI/Nacional
    The Nature Conservancy – TNC – SC/PR/SP/MS/Nacional
    Terras Verdes Florestadora Ltda – RS
    UFRRJ – RJ
    UFF – RJ
    Veracel – BA
    V&M Florestal – MG
    Vale – MG/ES
    Voltalia – RJ
    Valor Natural – MG
    WWF – SP/MS
    WCS Brasil (Pantanal Cerrado) – MS


    Em caso de dúvidas, estamos à disposição:

    Celulose Nipo-Brasileira S.A. – CENIBRA
    0800 283 3829
    Comunicacaocorporativa@cenibra.com.br
    http://www.cenibra.com.br
    https://www.facebook.com/CENIBRA/
    https://twitter.com/cenibra

  2. Como sabemos, o ser vivo no todo seja animal e vegetal de alguma forma necessita da água, oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo, enxofre, potássio, sódio, cloro, magnésio etc etc etc, elementos estes encontrados no planeta “TERRA” tornando-o habitável no enquadramento do sistema solar, conceitos até então teórica e praticamente discriminados através de estudos e processos acadêmicos “limitados” e sempre abertos às novas descobertas. Não tenho conhecimento acadêmico sobre o proposto, mas tenho a percepção e o desenvolvimento racional lógico para debater e quem sabe de alguma forma, nem que seja no mínimo detalhe ajudar levantar hipóteses para possíveis soluções do impacto a que se refere. O que ocorre, na minha percepção é o seguinte: Inicialmente o planeta foi formado e com um certo tempo, diante das circunstâncias foi dada condições ideais e necessárias para o desenvolvimento da vida em todas as suas formas e locais distintos, durante intermináveis processos evolutivos. Considerando o meu argumento, o eucalipto(e todas as suas espécies) também se formaram através destes processos evolutivos e foi implantado aqui no Brasil para fins comerciais em sua maioria. E claro, temos que considerar a importância e a participação que o eucalipto tem em nossas vidas, na menor inclusão possível. Voltando um pouco mais no tempo, sabemos que a espécie “homo sapiens” durante seu processo evolutivo foi descobrindo e utilizando cada vez mais as fontes encontradas no meio natural, produzindo tecnologia, ocupando e transformando os meios naturais nas essências que influenciam as nossas vidas. Hoje, nem se quisermos, conseguiríamos retroceder às formas primitivas de viver dos nossos ancestrais que utilizavam o meio apenas para sua sobrevivência e multiplicação. No decorrer dos séculos, milênios, a nossa espécie adquiriu o poder “CENTRALIZADO” capaz de influenciar e criar mecanismos para facilitar e instigar a vida através de processos exploratórios dos recursos naturais baseados nas inovações. O eucalipto é importante sim, pois precisamos de um papel para limpar a bunda nos clubes que frequentamos, adoramos assistir a TV, nos vestir, praticar esportes, então faz parte sim das nossas conquistas e desejos. Ao meu ver, um dos problemas são as implantações literalmente desobedientes, referidas no proposto, onde desrespeitam o que foi acordado em “papel” ultrapassando a fração de limite permitido, e de forma exponencial. Aqui na região por exemplo encontramos eucalipto colados na faixa das estradas e até mesmo da rodovia que por lei não confere a distância mínima permitida. As Pessoas Físicas e Jurídicas que adotam estas atividades podem estar maquiando estes limites fracionados, mapeados (papel), onde logicamente foram liberados por órgãos ambientais responsáveis, e posteriormente aprovados na máquina pública, onde não há fiscalizações devidas, sem contar a mãozinha política sacana, em um país onde política e bosta se misturam. Na minha compreensão, existem sim hipóteses de fatores que poderiam causar determinados impactos em escala maior diferente do tema proposto, mas não justifica empurrar qualquer outra hipótese para escanteio. Acho que toda hipótese tem que ser levantada, tratada e dada a solução
    independente se o assunto é o causador ou não do problema e temos seres suficientes precisando apenas de abrir o seu campo de visão e preocupação. A ocupação do eucalipto na região somado às nossas decisões, nas decisões políticas, no aumento gradativo da expansão urbana territorial e a falta de respeito com o meio natural ajuda de forma frequente e acelerada no extermínio dos recursos hídricos, das formas nativas e locais onde outros seres se desenvolvem ou desenvolviam naturalmente. O contexto abordado deveria sim abrir portas para discussões, conclusões e que leve a entender o motivo de alguns impactos ambientais com a fauna e a flora local, onde supostas pessoas que tem a sua terrinha, que habitam nela durante toda a sua jornada da vida, pessoas que observam mudanças ocorridas e questionam com os olhos voltado para o “eucalipto”.

    E neste caso, cabem às entidades específicas, aos profissionais da área, às pessoas dedicadas ao mundo científico deixar de tentar se promover através de palavreados intelectos e lero-lero, levantar-se das suas cadeiras e começar a agir, seja qual for o causador dos efeitos e impactos, que esclareça. Para este fim relevo qualquer preocupação com o meio que for e toda hipótese é aceitável.

    Na minha intuição o planeta terá sim um fim, como uma pequena parte de um ciclo no universo, e o que pudermos contribuir para desacelerar este processo, a natureza e futuras gerações agradecerão.

    1. Obrigado pelo comentário, mas o eucalipto hoje é um grande mico, as empresas prometeram e deram incentivos para os agricultores que dispuseram a cultivar esta especie exótica afim de cobrir as necessidades da produção de carvão para tocar suas usinas e o que aconteceu? vários agricultores de nossa região acreditaram e encheram suas terras desta planta e agora nenhuma empresa arca com a compra e quem perde? lógico somos nós que acreditamos e agora estamos com o mico na mão, ou vendemos por preços bem reduzidos.

  3. Realmente e plantação de eucalipto acaba mesmo com agua, meu pai tinha uma pequena plantação perto de um nascente com passar do tempo ela foi secando , os animais foram se afastando do sitio quase não via pássaros, pois eles não tinha mais frutos para comer e agua, foi ai que nos decidimos acabar com a plantação fui difícil a nascente voltar meu pai deve que plantar muita arvores foi feita uma reportagem na época e saiu na revista globo rural. Hoje em dia o ser humano não estão preocupado com a natureza, esta preocupado com dinheiro e poder, isto e muito triste, nosso planeta não e mais azul e marro. Nosso planeta esta pedindo socorro já faz um bom tempo.

  4. Prezado José Célio,

    Eu, natural do município de Santa Bárbara-MG, presencio desde a minha infância a instalação de florestas de eucalipto nessa região. Como opinião aos seus argumentos, coloco aqui algumas sugestões que, penso, serem importantes ao se tratar de reflexões sobre a cultura do eucalipto nessa região. As questões levantadas a respeito do cultivo do gênero Ecalyptus sp. em vários meios de informação em massa são, geralmente, sobre o impacto ambiental da cultura como, degradação do solo, alteração da biodiversidade (fauna e flora) e impacto dessa cultura sobre a umidade do solo, aquíferos e lençóis freáticos. Eucalipto seca o solo? Podemos ACUSAR, nessa região, que o eucalipto SECA O SOLO? CONTRIBUI PARA O ATAQUE DE PRAGAS EM OUTRAS CULTURAS AGRÍCOLAS? EMPOBRECE O SOLO? NÃO GERA EMPREGOS etc, etc, etc?…..Pois bem, sabemos que essa espécie florestal é exótica no Brasil, mas que, se adaptou muito bem às condições de clima, solo e relevo do país. O Brasil, aliado a muitos investidores, viram o eucalipto como uma cultura econômica em potencial, e visualizaram o seu potencial social como mais uma fonte de desenvolvimento para o país. Porém, no início do seu cultivo, muito erros foram cometidos e causaram muitos problemas ambientais como, desmatamento, erosão do solo, redução de áreas agricultáveis, perdas de investimentos, entre outros problemas. Mas atualmente, esses “ERROS” não mais representam o desenvolvimento dessa cultura em nosso país. Hoje, há atividades antrópicas (causadas pelo homem) que causam um impacto muito, mas muito, mais grave que o plantio de eucalipto por exemplo: o consumo de água por nós humanos. Os animais e vegetais consomem só o necessário para sua sobrevivência, porém, o ser humano consome além de suas necessidades, desperdiçando a todo instante…você já se perguntou, HOJE, pra onde foram os seus dejetos excretados em seu vaso sanitário? Então, eucalipto é um vegetal, e se você adicionar água em apenas uma árvore de eucalipto, isso pode gerar madeira como matéria prima do seu palito de dente, da roda do seu carro, do seu garfo ou, mesmo, do papel higiênico do banheiro do clube que você frequenta. Há atividades agrícolas que impactam muito mais que o cultivo do eucalipto, por exemplo, o cultivo de pastagens. Na região de Santa Bárbara é comum ver pastos com Braquiária degradados, e outros, “recuperados” com plantios de eucaliptos. É comum vermos áreas sem preparo agrícola adequado, e que são a causa de vários problemas urbanos, ISSO MESMO, URBANOS, exemplo? Fundo do quintal da nossa casa….enfim, é necessário participar de debates para ampliarmos nossa visão a respeito sobre o eucalipto.

    Claubert Menezes. Técnico Agrícola; Engenheiro Agrônomo; Mestrado em Produção Vegetal, Doutorado em Fitotecnia, Professor em Instituto Federal.

    1. Ola Claubert,
      Realmente, o motivo deste post que eu queria publicar a muito tempo atras é para provocar o debate e estudos dos órgãos competentes para o que está havendo com nossas plantações frutíferas, eu e mais um punhado de pessoas estamos convictos que é culpa do eucalipto, agora se o vilão não é o eucalipto então, que descubram o que está causando este desequilíbrio ambiental que já tem vários anos.

    1. Caro primo e amigo vc esta coberto de razão,mas como o nosso amigo Claubert falou tbm correto, mas o meu ponto de vista tanto o eucalipto e pastagem exagerado e sem nenhuma técnica que devoraram as matas nativas, o desmate incontrolável que foram liberadas pelo nosso órgão que é o IEF, poderia ter evitado, agora é fazer todos os técnicos dos órgão e donos das propriedades reflorestarem os mesmos. Gostei da sua ideia, abraceijos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*